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Educação financeira: o que é, importância, livros e dicas

  • Foto do escritor: Karolayne Oliveira Alves
    Karolayne Oliveira Alves
  • 6 de set. de 2024
  • 20 min de leitura

Você sabe o que é educação financeira e qual a sua importância? Confira um guia com informações fundamentais sobre o assunto!

Segundo estudo da Serasa, em março de 2024, cerca de 72,89 milhões de pessoas se encontravam em situação de inadimplência. Isso revela um crescimento em relação aos números do ano anterior. Na prática, existem diversos fatores que justificam esse cenário – e a falta de educação financeira está entre eles.

Apesar da sua importância, o assunto é bastante negligenciado pelo brasileiro – e, muitas vezes, encarado como um tabu. Porém, acumular dívidas ou manter hábitos financeiros ruins pode deixar você cada vez mais distante da realização dos seus planos e sonhos.

Logo, é válido entender mais sobre o tema para melhorar o controle do seu orçamento, conseguir poupar dinheiro e, assim que possível, começar a investir. Dessa maneira, você aumenta as chances de ter um futuro financeiro saudável e seguro.

Neste post, você aprenderá o que é educação financeira e sua importância. Ao longo da leitura, será possível conhecer livros e dicas úteis para quem deseja aprimorar a gestão das finanças pessoais.

Boa leitura!



O que é educação financeira?



É bastante comum que a expressão educação financeira seja atrelada à ideia de economizar recursos. No entanto, seu significado é bem mais amplo do que simplesmente poupar dinheiro. Na verdade, o conceito se refere à habilidade de entender e gerenciar seus recursos de forma consciente e responsável.

Quem tem uma boa educação financeira sabe como planejar, investir e gastar o dinheiro de acordo com seus objetivos e necessidades. Ainda, essas pessoas têm melhores condições de lidar com as informações e os riscos que afetam o patrimônio, tanto no curto quanto no longo prazo.

Com esse conhecimento, você pode melhorar a sua qualidade de vida, evitar endividamento, alcançar metas e realizar sonhos. De todo modo, para desenvolver essa competência, é preciso buscar conhecimento, disciplina e hábitos saudáveis em relação ao dinheiro.

Embora isso possa parecer complicado, existem diversas medidas que podem ser adotadas no dia a dia e que colaboram com essa construção. Então vale a pena dedicar um tempo para desenvolver conhecimentos e aprimorar a sua educação financeira, buscando aproveitar os benefícios que ela proporciona.



Quais são os princípios desse tipo de educação?



Depois de aprender o que é educação financeira, é pertinente conferir quais são os princípios envolvidos nela. O conhecimento ajudará a compreender a relevância e a amplitude desse conceito.

Veja os principais fundamentos que orientam esse tipo de educação.



Desenvolvimento do hábito de poupar



Um dos primeiros pilares da educação financeira é o desenvolvimento do hábito de poupar. Trata-se da prática recorrente de reservar uma porção dos ganhos regulares, em vez de gastá-los integralmente ou, até mesmo, assumir custos superiores à renda mensal.

Poupar dinheiro permite acumular recursos ao longo do tempo, construindo uma rede de proteção das finanças e meios de realizar diferentes metas. Esse hábito, quando incorporado consistentemente, contribui para a construção de uma base financeira mais robusta e estável.

Para desenvolvê-lo, o ponto de partida é entender que uma parte dos rendimentos deve ser guardada antes de qualquer despesa não essencial. Ou seja, o princípio parte da premissa de que, para ter tranquilidade financeira no futuro, é preciso começar a poupar no presente.

O cenário faz bastante sentido. Afinal, se você gastar seus ganhos integrais a cada mês, não conseguirá ter reservas financeiras. Isso vai dificultar a construção do patrimônio e a realização de conquistas, além de colocar em risco a sua tranquilidade em relação às finanças no momento de se aposentar e em fases desafiadoras.



Monitoramento dos gastos e das receitas



Monitorar de perto as receitas e despesas financeiras constitui uma prática essencial na gestão do orçamento pessoal ou familiar. Esse acompanhamento minucioso visa aumentar o seu controle financeiro, prevenir situações de superendividamento e desperdício de dinheiro.

Ao compreender os seus padrões de gastos, é possível ajustar as despesas conforme as possibilidades, reduzindo o acúmulo de dívidas desnecessárias. Essa abordagem proativa proporciona uma gestão eficiente do orçamento.

Lembre-se de que monitorar a saída e a entrada de recursos possibilita a identificação de oportunidades – tanto para economizar quanto para aumentar a renda. Por esse motivo, o controle detalhado das finanças é um pilar da educação financeira.



Planejamento financeiro realista



Outro princípio inserido na educação financeira é a busca por um planejamento financeiro realista. A premissa é criar um guia estratégico que abranja metas de curto, médio e longo prazo, prioridades e eventualidades.

Porém, ao adotar essa prática, é preciso ter em mente que não adianta traçar uma meta que não seja compatível com a sua atual situação financeira ou que não possa ser atingida. Essa medida pode desestimular a execução e a continuidade dos planos traçados, bem como dificultar o cumprimento dos demais objetivos.

Já a abordagem feita de forma correta, com planos e metas realistas e atingíveis, possibilita uma alocação eficiente do seu capital. Assim, os objetivos podem ser cumpridos de forma gradual, conforme a sua realidade financeira.



Construção de uma mentalidade financeira saudável



A educação financeira está pautada na construção de uma mentalidade financeira saudável. É esse processo que ajudará a manter hábitos positivos ao longo do tempo. Como você pode imaginar, o dinheiro é um recurso valioso que deve ser usado de forma inteligente e consciente.

Isso significa que, além de gerenciar bem suas finanças pessoais, você deve considerar os efeitos das decisões financeiras na própria qualidade de vida e na sociedade em geral. Ou seja, é necessário compreender que a educação financeira não se limita à simples acumulação de riqueza.

Ao contrário, ela envolve reconhecer o papel do dinheiro como instrumento para a realização de metas, sonhos, bem-estar pessoal e coletivo. Logo, o conceito busca estimular não só o uso racional do dinheiro, mas a relação entre as suas escolhas financeiras e o impacto global na sociedade.



Entendimento dos riscos e recompensas dos investimentos



Outro fundamento da educação financeira é o uso dos investimentos para proteger e rentabilizar o seu capital. Para investir de forma consciente e eficiente, você precisa conhecer os diferentes tipos de investimento.

Ao se familiarizar com as alternativas existentes, o investidor amplia sua visão sobre o mercado financeiro. Isso requer domínio dos conceitos básicos sobre cada classe de investimento, particularidades dos ativos, nível de exposição ao risco e potencial de retorno.

Portanto, antes de fazer escolhas no mercado, é essencial considerar fatores como volatilidade, liquidez, cenários e eventos externos que podem afetar o desempenho dos ativos. Também é necessário definir estratégias a partir do seu perfil e dos seus objetivos e monitorar a sua carteira de investimentos ao longo do tempo.



Qual é a importância da educação financeira?



Ao observar alguns princípios da educação financeira, você já pode ter uma ideia de qual é a sua importância, certo? Como você viu, uma educação financeira consistente visa capacitar o indivíduo para tomar decisões conscientes sobre o uso do dinheiro.

Com os conhecimentos adequados, você consegue fazer escolhas coerentes e que contribuem para a realização dos resultados esperados. Desse modo, a educação financeira ajuda as pessoas a transformarem o dinheiro em uma ferramenta para alcançar seus objetivos.

Descubra os principais benefícios de desenvolvê-la.



Evita o superendividamento



Ao investir em educação financeira, você poderá controlar melhor os seus gastos, evitar compras desnecessárias e priorizar o pagamento das suas dívidas. Dessa maneira, reduz as chances de aumentar o seu endividamento ou de se tornar inadimplente com recorrência.

É válido destacar que as multas e juros cobrados diante do não pagamento de obrigações financeiras podem fazer você entrar em um ciclo de superendividamento contínuo. O processo também gera restrições de crédito, que podem ampliar as suas dificuldades financeiras.

A depender do cenário, há riscos de ser alvo de processos judiciais e, até mesmo, perder os seus bens para o pagamento dessas pendências. Perceba que essa situação leva a angústias e aflições desnecessárias.



Melhora na qualidade de vida



Quando se tem um controle eficiente sobre as finanças, a tendência é que a rotina se torne mais tranquila e gratificante. A falta de preocupações com dívidas, em conjunto com a habilidade de ter melhores resultados no controle das finanças, favorece a conquista de maior equilíbrio e bem-estar.

Por outro lado, a ausência de educação financeira pode comprometer a qualidade de vida. O motivo é que a falta de conhecimento nessa área pode levar as pessoas a gastarem mais do que ganham, aumentando as chances de perderem o domínio sobre suas finanças e terem dificuldades para realizar seus sonhos.



Permite concretizar objetivos



A educação financeira não somente possibilita um controle efetivo do dinheiro, mas também funciona como facilitadora na concretização de objetivos. O motivo para isso é simples: compreender como utilizar os recursos de forma eficiente amplia as chances de atingir esses propósitos.

Muitas vezes, grandes objetivos são abandonados por parecerem inalcançáveis. Contudo, a educação financeira habilita a organização e o planejamento, principalmente por meio da definição de pequenas metas realistas. O processo transforma projetos aparentemente impossíveis em realizações palpáveis.



Facilita a acumulação de riqueza



Como você já sabe, um dos pontos centrais da educação financeira é aumentar a eficiência no uso dos seus recursos e a construção do seu patrimônio. Por isso, além de cuidar das despesas do dia a dia, é relevante planejar o seu futuro, considerando a aposentadoria – quando você deixará de trabalhar.

Assim, você pode formar um patrimônio que ofereça mais segurança e conforto para você e sua família. Cabe destacar que isso não significa apenas comprar bens, como um carro ou uma casa.

Na prática, é preciso pensar em ter um patrimônio que garanta a sua qualidade de vida, mesmo diante de situações inesperadas. Com conhecimentos sobre educação financeira, você terá mais facilidade para adotar medidas, como:

  • ter uma reserva de emergência;

  • contratar soluções que forneçam proteção, como seguros;

  • investir os recursos para auxiliar em diferentes momentos da vida;

  • fazer um bom planejamento tributário e sucessório;

  • entre outras práticas.



Possibilita a multiplicação do patrimônio



Outro aspecto fundamental da educação financeira é a capacidade de multiplicar o patrimônio por meio da rentabilidade dos investimentos. Isso significa fazer o dinheiro trabalhar a seu favor, gerando mais recursos com o passar do tempo.

O efeito dos juros compostos, por exemplo, faz com que o montante investido cresça exponencialmente, podendo gerar o que se chama de renda passiva. Esse dinheiro que entra sem depender de esforço direto tende a se tornar uma fonte complementar e sustentável de recursos financeiros.



Traz maior liberdade para tomar decisões



Uma consequência positiva que resulta de todos os fatores mencionados é, certamente, o aumento da liberdade para tomar decisões financeiras. Ter um orçamento adaptável e estar em processo de acumulação de patrimônio facilita as suas escolhas, ampliando as possibilidades.

Em um cenário de independência financeira, por exemplo, há chances de diminuir ou eliminar a carga de trabalho sem afetar o seu orçamento. Isso ocorre porque, nesse contexto, a renda passiva pode ser capaz de cobrir seu custo de vida, eliminando a necessidade de buscar renda ativa em um emprego.

Entretanto, a conquista desse patamar depende de diversos fatores. De qualquer modo, com educação financeira, você terá mais elementos para avaliar as possibilidades e tomar decisões mais informadas.

Quando você compreender conceitos como planejamento financeiro, investimentos e outras questões, saberá como evitar armadilhas financeiras e fazer escolhas mais acertadas.



Qual é o contexto da educação financeira no Brasil?



Com toda a sua importância, a educação financeira tem ganhado mais atenção no Brasil. Esse processo é favorecido pelo desenvolvimento tecnológico e pela transformação digital. A razão é que, como resultado desses movimentos, há maior disponibilidade e acesso a informações.

Também é possível encontrar materiais e orientações acessíveis sobre como lidar com o dinheiro – embora seja necessário sempre observar se a fonte é confiável. Mesmo assim, o tema precisa ter mais relevância entre os brasileiros.

Como você viu, os dados sobre endividamento da população ainda geram preocupação. Conforme o estudo citado da Serasa, o total de dívidas em março de 2024 superava R$ 387,2 bilhões. Esse é um montante elevado, que afeta tanto os inadimplentes – que veem as dívidas crescendo ao longo do tempo – quanto os credores, que deixam de receber recursos.

Porém, considerando que a educação financeira se reflete nos hábitos de investir, vale conferir detalhes desse contexto no Brasil.



Como os brasileiros investem?



Para entender o cenário da educação financeira relacionado aos investimentos, vale conferir alguns dados do Raio X do Investidor Brasileiro. O documento foi desenvolvido pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

De acordo com ele, a poupança é a modalidade mais utilizada no país – citada por 22% dos entrevistados. Entretanto, ela apresenta desvantagens em relação a alternativas que podem ser mais lucrativas e são igualmente seguras.

Ao mesmo tempo, observa-se uma tendência de diversificação por parte dos investidores. Afinal, muitos entrevistados citaram outros investimentos. Veja:


  • títulos privados (5%)

  • fundos de investimentos (4%)

  • criptoativos (4%)

  • ações (2%)

  • títulos públicos do Tesouro Direto (2%)

  • plano de Previdência Privada (2%)


Além disso, no quarto trimestre de 2023, a B3 (a bolsa de valores brasileira) contava com mais de 5 milhões de investidores PF (pessoa física), inclusive em alternativas de maior risco. Contudo, perceba que essa participação é limitada a uma pequena fração da população brasileira.



Como é a saúde financeira do brasileiro?



Uma pesquisa da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), de 2023, corrobora o cenário mais preocupante em relação à educação financeira no país. Ela revela que, apesar da importância reconhecida sobre o tema, muitos brasileiros ainda estão distantes desse conhecimento.

O estudo destaca que uma significativa porção dos brasileiros reconhece vivenciar algum nível de aperto financeiro – 50% dos entrevistados deram esse parecer. Ademais, 74% das pessoas disseram que empatam dívidas e ganhos ou que gastam mais do que ganham.

Seguindo essa linha, 43% dos entrevistados enfrentam dificuldades em pagar as contas, enquanto apenas 46% afirmaram que sabem se controlar para não gastar muito. Como resultado, o estresse relacionado a compromissos financeiros é uma realidade para muitos – um total de 28% das respostas.

Por fim, a maior parte dos participantes da pesquisa afirmou que não tem segurança sobre o futuro financeiro. Todas essas informações demonstram que o cenário demanda atenção, evidenciando a importância de trabalhar a educação financeira para conquistar maior tranquilidade.



Como começar a organizar sua vida financeira?



Sabendo que a educação financeira no país é deficitária e que muitos têm dificuldades em lidar com suas finanças, é pertinente tentar mudar esse cenário. Aqui, é importante destacar que a busca por conhecimentos sobre esse tema não precisa partir de terceiros ou de familiares.

Normalmente, questões financeiras só são abordadas quando o contexto é de dificuldade, o que cria uma ideia equivocada sobre o assunto. Nesse cenário, o primeiro passo é reconhecer a necessidade de aprofundar os seus conhecimentos sobre as finanças e organizá-las.

Depois, é importante procurar formas de ampliar conhecimentos e estudar boas práticas de finanças para implementar no dia a dia – e você verá mais informações sobre isso adiante. Também faça uma análise do orçamento, considerando rendas e despesas e englobando toda a família.



Como organizar as finanças em família?



Integrar uma mentalidade financeira consciente no ambiente familiar auxilia no crescimento desse tipo de educação entre todos os seus membros e ajuda na organização do uso do dinheiro. Conheça estratégias que podem ser úteis nesse sentido:

  • introduzir conceitos financeiros nas conversas familiares: abordar conceitos como orçamento, economia e investimentos com seus familiares contribui para aproximá-los da educação e da organização financeira;

  • apresentar boas práticas nas finanças: além das conversas, é essencial demonstrar práticas financeiras saudáveis no cotidiano. Criar e seguir um orçamento familiar, planejar compras conscientes e gerenciar riscos financeiros são exemplos comuns;

  • envolver a família em decisões financeiras: tomar decisões financeiras em conjunto promove responsabilidade e compreensão compartilhada. Incluir os membros da família em discussões sobre gastos fomenta um senso de responsabilidade coletiva;

  • promover a economia e os investimentos: incentivar a economia desde cedo valoriza a reserva para metas futuras. À medida que os membros da família amadurecem, apresentar conceitos de investimentos mostra como o dinheiro pode gerar retorno ao longo do tempo.

Portanto, vale a pena assumir a responsabilidade pelo próprio aprendizado financeiro e o da família. Desse modo, é possível investir no desenvolvimento de uma base sólida para um futuro mais robusto e estável em conjunto.



Quais dicas de educação financeira aplicar no dia a dia?



Até aqui, você viu que desenvolver a educação financeira é um passo fundamental para quem deseja ter uma vida equilibrada e mais tranquila. Mas apenas saber a teoria não basta – é preciso colocar em prática atitudes que podem fazer a diferença no seu orçamento.

Veja, a seguir, dicas para melhorar sua relação com o dinheiro.



Ganhe, economize e invista



Esses são os três pilares básicos para quem deseja ter sucesso financeiro. Você precisa saber exatamente as suas receitas mensais, considerando todas as suas fontes de renda. Muitas pessoas deixam de observar os seus ganhos e acabam gastando mais do que deveriam.

Depois de descobrir o quanto entra de recursos no seu orçamento em um mês, você deve identificar quais são seus gastos. Anote todas as despesas fixas (como moradia, transporte, alimentação e contas) e as variáveis (como lazer, compras e imprevistos).

Com a medida, você terá uma visão clara da sua situação financeira e poderá encontrar pontos que podem ser ajustados. Ademais, manter os recursos poupados na sua conta corrente ou em uma caderneta de poupança nem sempre é a melhor escolha.

Destaca-se que o dinheiro depositado em uma conta corrente não costuma gerar rendimentos. Nesse cenário, você estará exposto à perda de poder aquisitivo em razão dos efeitos da inflação. O mesmo pode acontecer quando você investe na caderneta.

Isso ocorre porque os rendimentos da poupança nem sempre conseguem superar o aumento generalizado de preços de produtos e serviços. Dessa forma, pode ser interessante buscar alternativas que tenham chances de render mais do que a inflação e que sejam adequadas aos seus objetivos e ao seu perfil de risco.



Defina o que você deseja conquistar



A definição de metas representa uma estratégia valiosa para aprimorar significativamente o controle financeiro. Elas servem como um estímulo para você mudar os seus hábitos e buscar os recursos necessários para realizar os seus desejos e sonhos.

Considere o exemplo de planejar uma viagem em família. Isso implica reconhecer a necessidade de acumular uma quantia financeira maior para custear todas as despesas, certo? Esse objetivo, por sua vez, estimula a adoção de práticas mais disciplinadas de educação financeira.

O mesmo princípio se aplica a metas como a compra de um carro novo, a aquisição de uma casa ou qualquer outro desejo que envolva valores maiores. Além de servirem como guias para a tomada de decisões financeiras, as metas desempenham um papel relevante no seu planejamento.

Então determinar o montante a ser poupado e investido mensalmente se torna uma parte integral do processo de aprendizado e aprimoramento das finanças. Essa abordagem garantirá que a alocação de recursos seja estruturada de maneira consistente ao longo do tempo.



Separe os objetivos entre curto, médio e longo prazo



A estratégia de traçar objetivos específicos para diferentes horizontes temporais é outra medida que colabora com a sua organização orçamentária. Estabelecer, por exemplo, uma única meta a ser alcançada em um período extenso, como dez anos, pode gerar desânimo e frustração durante o processo.

Por outro lado, a fragmentação de metas em prazos distintos proporciona uma abordagem mais realista – e que faz com que os objetivos pareçam mais próximos. Esse recurso contribui para que você consiga manter o foco, celebrando conquistas em cada etapa do caminho.

Ao adotar metas de curto prazo, você consegue experimentar sucessos frequentes – que impulsionam o engajamento contínuo em relação às suas finanças. As metas de médio prazo fornecem equilíbrio entre o presente e o futuro, oferecendo desafios mais substanciais.

Já os objetivos de longo prazo estabelecem um horizonte mais amplo, orientando suas ações em direção a realizações significativas e duradouras. Ao abraçar metas diversificadas, você constrói uma abordagem mais resiliente e aprimora a sua educação financeira.



Adote um estilo de vida equilibrado



Outra forma de gerenciar melhor suas finanças é optar por um estilo de vida equilibrado, gastando menos do que você ganha. Essa estratégia permite um acúmulo de capital no final de cada mês.

O dinheiro excedente pode ser destinado aos investimentos para conquistar diferentes metas, além de servir como uma proteção em situações de emergência financeira. Afinal, ter uma reserva para lidar com imprevistos ajuda a prevenir o endividamento e traz mais tranquilidade para o dia a dia.

Para equilibrar as finanças, é pertinente considerar ajustes nos gastos, como ao fazer a revisão da contratação de planos de serviços e implementar pequenas alterações na rotina diária. Reduzir as refeições fora de casa ou os pedidos de delivery, por exemplo, costuma ajudar nesse objetivo.

Ao fazer essas mudanças, é possível poupar de forma significativa sem prejudicar a qualidade de vida. Conseguir viver em um degrau financeiro abaixo do seu atual também é uma forma de prudência, permitindo alinhar seus gastos com uma visão sustentável do seu orçamento.



Prepare-se para imprevistos



Independentemente da sua atual condição financeira, é válido estar ciente da possibilidade de contratempos capazes de impactar o seu orçamento. Circunstâncias como doenças, acidentes, crises econômicas e outros eventos podem colocar em risco seus objetivos e abalar sua motivação.

Para evitar os efeitos negativos dessas eventualidades, é aconselhável adotar o costume de formar uma reserva de emergência. Ela funciona como um colchão de segurança financeira, garantindo a disponibilidade de uma quantia para atenuar despesas inesperadas, sem comprometer o orçamento.

É comum montar uma reserva que abranja, no mínimo, 6 meses do seu custo de vida. Ao ter esse valor guardado, você diminui o estresse relacionado a imprevistos, possibilitando uma abordagem mais serena e resistente diante de desafios financeiros que surgirem.



Faça aportes frequentes



Outra dica fundamental, após formar a sua reserva, é aproveitar a economia mensal obtida para investir e fazer aportes frequentes. Como você percebeu, a realização de investimentos é uma prática incentivada no contexto da educação financeira.

No entanto, o sucesso no mercado não se resume a alocar o seu capital em um investimento somente uma vez. Essa forma de investir até pode trazer retorno financeiro, mas a tendência é que você demore mais para atingir os seus objetivos.

Afinal, a cada mês, você deixará de ampliar o patrimônio por meio de novos aportes – que poderão trazer rendimentos e aumentar o potencial de ganhos da carteira. Você também deixará de aproveitar os juros compostos que agem sobre os investimentos, por exemplo.

Isso porque esses juros incidem sobre os ganhos já creditados, ampliando o montante sobre o qual será calculado o retorno a cada mês. Junto ao aumento do patrimônio alocado por meio dos aportes frequentes, essa é uma forma de potencializar a sua estratégia.

Ademais, a prática ajuda a aproveitar diferentes momentos do mercado e a diversificar a carteira, colaborando com a gestão de riscos. O motivo é que a cada aporte você pode escolher alternativas distintas, conforme a sua estratégia definida, seu perfil de investidor e seus objetivos.



Faça da educação financeira uma jornada de aprendizado contínuo



Para se aprofundar no universo das finanças pessoais, é preciso ter um compromisso permanente com a pesquisa e a busca por informações. Assim, você aprimora os seus conhecimentos, descobre novas práticas e dicas que podem auxiliar a sua rotina e desenvolve habilidades importantes para lidar com as finanças.

Existem diferentes maneiras de colocar essa iniciativa em prática, por exemplo:

  • explorar textos disponíveis na internet;

  • participar de eventos sobre finanças;

  • engajar-se em conversas com profissionais do setor;

  • fazer cursos sobre o tema;

  • ler livros sobre finanças e investimentos;

  • e acompanhar profissionais da área nas redes sociais.

Ao buscar informações financeiras de forma ativa, você fortalece seu entendimento sobre a educação financeira. Além disso, há formas de descobrir estratégias e de se manter atualizado sobre as dinâmicas do mercado e as tendências econômicas.



Quais livros dessa temática valem a leitura?



Uma das melhores formas de aprofundar o seu conhecimento acerca da educação financeira é ler livros que abordam essa temática. Embora a internet possa oferecer muitas informações sobre o assunto, são os livros que apresentam os conceitos fundamentais a serem assimilados.

Por isso, vale a pena investir na leitura dessas obras. No mercado, você encontrará diversas opções. Conheça algumas possibilidades.


“Pai Rico, Pai Pobre”, Robert Kiyosaki

Considerada uma das obras mais populares sobre o uso inteligente do dinheiro, ele aborda a importância do ensino financeiro para todas as idades. Robert Kiyosaki apresenta teorias de forma acessível para fomentar a inteligência financeira dos leitores.


“O Investidor Inteligente”, Benjamin Graham

Mentor do megainvestidor Warren Buffett, Benjamin Graham desenvolveu a estratégia de investimento value investing. Em sua obra mais famosa, ele explica sua teoria centrada no valor de investimento, com dicas como tomar decisões no mercado de ações.


“Os Segredos da Mente Milionária”, T. Harv Eker

Além de transformar comportamentos, a educação financeira demanda uma mudança de mentalidade em relação ao dinheiro. T. Harv Eker aborda essa transformação em sua obra, orientando sobre a mudança de perspectiva e a adoção de hábitos de sucesso para alcançar a independência financeira.


“Quem Pensa Enriquece”, Napoleon Hill

Escrita em 1937, a obra de Napoleon Hill é baseada em mais de 20 anos de análises e estudos sobre o sucesso financeiro de mais de 15 mil pessoas. Nela, Hill apresenta 13 princípios que fundamentam sua filosofia financeira, oferecendo insights valiosos sobre a mentalidade necessária para encontrar êxito.


“O Homem Mais Rico da Babilônia”, George S. Clason

Esse livro oferece uma abordagem única e envolvente, utilizando parábolas ambientadas na antiga Babilônia para transmitir princípios financeiros essenciais. A obra é elogiada por sua simplicidade e aplicabilidade, proporcionando uma compreensão acessível e prática de educação financeira.



Como a educação financeira pode ser usada para investir?



Ao chegar nesse ponto, você já entendeu que a educação financeira prevê um cuidado maior com as finanças pessoais e seu uso inteligente. No entanto, é comum surgir a dúvida sobre como ela pode ser usada para investir.

Estudando educação financeira, você amplia o seu nível de conhecimento sobre diferentes conceitos que também estão presentes no mundo dos investimentos. Entre eles, as definições de volatilidade e liquidez, risco e retorno, renda ativa e passiva.

Com isso, ficará muito mais fácil pesquisar assuntos e montar uma estratégia de investimentos que seja adequada à sua realidade financeira. Como resultado, será possível construir um portfólio que favoreça a realização de suas metas e objetivos.

Entretanto, antes de começar a investir, é preciso ficar atento a alguns pontos. Saiba quais são eles.



Perfil de investidor



Identificar o perfil de investidor é um passo fundamental para quem deseja investir. O motivo para isso é que ele revela o seu nível de tolerância ao risco, o que não pode ser negligenciado quando se fala na realização de um investimento.

Ao se expor a riscos acima da sua tolerância, você pode ficar ansioso e, até mesmo, tomar decisões equivocadas. Por outro lado, ao priorizar a segurança quando você tem maior disposição a correr riscos, isso pode gerar frustrações. Afinal, quando os riscos são maiores, o potencial de retorno aumenta.

No mercado, existem 3 principais perfis de investidor:

  • conservador: tem aversão ao risco, priorizando segurança em detrimento de rentabilidade;

  • moderado: busca um equilíbrio entre assumir riscos e manter a segurança da carteira;

  • arrojado: tem maior nível de abertura a riscos, priorizando o maior potencial de rentabilidade.

Também vale saber que o perfil pode mudar ao longo do tempo. Por esse motivo, as instituições financeiras devem disponibilizar o teste para Análise de Perfil do Investidor (API) aos clientes – e solicitar a reaplicação, pelo menos, a cada 2 anos.



Classe dos investimentos



No mercado financeiro, existem duas principais classes de investimentos: a renda fixa e a renda variável. O funcionamento de cada uma delas é bastante específico, seja em relação à rentabilidade ou referente aos riscos oferecidos.

Saiba mais a respeito.



Renda fixa



A principal característica de um investimento de renda fixa é a sua previsibilidade, já que ele funciona como um empréstimo. Ou seja, o investidor aplica determinada quantia financeira em um investimento e, posteriormente, recebe-a de volta somada aos juros combinados.

Nessa classe de investimento, a remuneração pode se dar de modo prefixado, pós-fixado ou híbrido. No modelo prefixado, o investidor recebe uma taxa de juros fixa. Já na forma pós-fixada, a remuneração acompanha as variações de um indicador econômico previamente determinado.

Na rentabilidade híbrida, o retorno é baseado em uma taxa fixa somada às movimentações de um indexador financeiro. Em plataformas de bancos de investimento, é possível encontrar múltiplas alternativas de renda fixa, como:

  • CDBs (certificados de depósito bancário)

  • LCIs e LCAs (letras de crédito imobiliário e do agronegócio)

  • CRIs e CRAs (certificados de recebíveis imobiliário e do agronegócio)

  • LFs (letras financeiras)

  • Debêntures

  • Títulos do Tesouro Direto

  • Fundos de renda fixa



Renda variável



Em contrapartida, os investimentos de renda variável são conhecidos pela imprevisibilidade de seus resultados. Grande parte deles tem a sua precificação feita conforme o ânimo do mercado, de modo que o preço de um ativo pode subir ou cair diversas vezes diariamente.

Nesse sentido, geralmente não é possível saber se o resultado do aporte será positivo ou negativo, demandando que o investidor tenha um apetite maior ao risco. Mas o potencial de ganhos costuma superar a renda fixa – cujo retorno é limitado pelas taxas de juros atreladas aos investimentos.

Vale saber que existem diversas formas de lucrar com a renda variável, sendo a compra e venda de ativos após a valorização uma das mais comuns. Também há alternativas que contam com o pagamento de proventos, como dividendos – parte do lucro empresarial ou de um fundo imobiliário distribuído entre seus investidores.

O investimento em ativos de renda variável pode ser feito por meio de plataformas de bancos de investimento ou via home broker – plataforma que conecta o investidor aos ambientes da bolsa de valores. Entre as alternativas mais conhecidas da renda variável, estão:


  • Ações

  • Fundos de ações

  • Fundos cambiais

  • Fundos multimercado

  • FIIs (fundos imobiliários)

  • BDRs (brazilian depositary receipts)

  • ETFs (exchange traded funds)


A diversidade de alternativas destaca a importância de colocar a educação financeira em prática. Ela permite uma abordagem informada e estratégica para o investimento.


Diversificação do portfólio


No momento de investir, vale considerar a diversificação da sua carteira para mitigar os riscos e potencializar seus resultados. Essa é uma técnica bastante conhecida e utilizada por investidores mais experientes.

Ela consiste em investir em alternativas diferentes do mercado. Porém, isso não significa que você deva pulverizar seu capital. Na prática, a estratégia propõe que você monte a carteira com ativos que possam apresentar resultados diferentes diante de um mesmo cenário.

Para tanto, busque alternativas que sejam descorrelacionadas ou apresentem correlação negativa, para que o seu capital não fique sujeito ao mesmo tipo de risco e resultado. Lembre-se de que essas escolhas devem ser realizadas respeitando o seu perfil de investidor e objetivos financeiros.

Neste artigo, você conferiu informações importantes acerca da educação financeira e dicas para colocar esse conceito em prática. Então, aproveite para buscar formas de continuar estudando e aprendendo mais sobre o mercado e finanças.

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Qual primeiro passo para começar a investir ? Consulte profissionais experientes eles podem fornecer todos os elementos necessários para fazer a escolha certa para você. Para saber mais informações entre em contato conosco.



Fonte: BTG Pactual.




 
 
 

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